quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Rã-Touro

A rã criada comercialmente em cativeiro no Brasil é a rã-touro gigante (Rana catesbeiana). As espécies da família Ranidae (inclusive a rã-touro), se diferenciam das espécies da família Leptodactylidae (dedos terminados em ponta) por possuírem membranas natatórias entre os dedos, (tipo pé-de-pato).

Em 1935 foram importados 300 casais da espécie por Tom Cyrril Harison com o objetivo de solidificar a ranicultura no país. A rã-touro foi escolhida pelos criadores devido as suas características zootécnicas como precocidade, prolificidade, qualidades nutricionais, sabor delicado de sua carne e rusticidade. É a principal espécie utilizada no Brasil para este fim. O desenvolvimento da espécie no Brasil não ultrapassa 4 meses e desde a sua introdução ela tem demonstrado uma ótima capacidade de adaptar-se aos diferentes regimes climáticos brasileiros. Existem rarissímas ocorrências de morte de rãs em caráter epidêmico.

Quando as rãs atingem a maturidade sexual, inicia-se o cortejo nupcial, onde o macho delimita o seu território e canta para atrair a fêmea. Durante a reprodução da rã-touro, o acasalamento ocorre com o casal semi-submerso. O macho abraça a fêmea pelas costas, e com movimentos rítmicos compassados, o casal libera os gametas e distendem as patas para espalhar a desova pela superfície. Neste momento, ocorre a fecundação dos óvulos pelos espermatozóides.

A rã-touro (Bullfrog em inglês), pertence ao reino Animalia, filo Cordata, classe Anfibia, ordem Anura, e familia Ranidae.

Os adultos medem de 10-20 cm de comprimento do nariz ao ânus e podem pesar até 900g. Parte dorsal verde claro e oliva até verde-amarronzado, geralmente com um padrão de mosqueado de verdes e marrons. Uma dobra na pele sai do olho e rodeia o tímpano. A parte ventral é principalmente branca com mosqueados cinza.Os indivíduos jovens são similares aos adultos, porém com o dorso mais acinzentado. Machos possuem a garganta amarela, tímpano maior que o olho e a base do dedo polegar inchada.

Estes animais não podem ser soltos na natureza, pois causam um impacto ambiental muito grande. Além da competição por comida com os anuros nativos, as larvas podem ter impacto significativo no tocante as algas bentônicas, perturbando a estrutura aquática comunitária, os adultos podem predar outros anuros nativos e outros animais como cobras e lagartos.
 

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