quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Coprofagia e cecotrofagia em coelhos

Há sempre dúvida por parte dos proprietários, sobre a ingestão de fezes pelos seus coelhos.
O material restante da digestão e absorção dos alimentos pelo tubo digestivo dos animais e eliminado pelo ânus é chamado de fezes.
O material que os coelhos ingerem não são fezes e sim alimento rico em vitaminas do complexo B, vitamina C, vitamina K e aminoácidos. Este material é eliminado pelo ânus na forma de "cachos de uva", e são denominados cecótrofos.
Os cecótrofos são ingeridos pelos coelhos diretamente do ânus, enquanto que o material que fica no fundo das gaiolas ou recintos e que os coelhos não ingerem, são as fezes.
Portanto não se preocupe se o seu animal ingerir diretamente material do ânus, ele é alimento rico em vitaminas e aminoácidos!

Aspectos biológicos em coelhos filhotes

Após uma gestação que varia entre 30-33 dias, os filhotes nascem com os olhos e ouvidos fechados, e sem pelos.
Aos 7 dias de vida os pelos começam a crescer, os olhos se abrem com 10 dias, quando completam 18 dias deixam os ninhos e aos 2 meses tornam-se independentes.
O número de filhotes por parto varia de 4-10 bebês, pesando cada um em torno de 30-80 gramas.
Uma grande dificuldade é sexar ou diferenciar se o filhote que esta sendo adquirido é macho ou fêmea. A genitália da fêmea é tringular, enquanto que a do macho é circular. Mesmo os mais entendidos, podem ter alguma dificuldade em afirmar se aquele filhote é macho ou fêmea.
Os jovens alcançam sua maturidade sexual aos 160 dias aproximadamente, variando um pouco entre as raças. Podemos dizer que os machos iniciam sua atividade sexual entre 6-10 meses de idade e as fêmeas entre 4-9 meses.
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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Terrário para répteis

Os terrários para répteis, devem sempre obedecer as necessidades da espécie a ser mantida em cativeiro.
Temos espécies que vêm de desertos, ambientes semi-aquáticos, aquáticos, tropicais, temperados, dentre outros.
O aquecimento deve ser específico. A temperatura varia de 16 graus centígrados até superiores a 32 graus centígrados. Como exemplo o Tuatara, um lagarto que pode viver a uma temperatura de 16 graus centígrados.
Há terrários que são desérticos, semi-desérticos, temperados, tropicais, etc.
A umidade média para os répteis varia de 60 a 80%, na maioria das espécies.
O substrato que é o material que é colocado no fundo do terrário, deve seguir também as exigências de cada animal ou espécie, tomando-se cuidado com materiais tóxicos ou que podem ser inadvertidamente ingeridos. Muitos materias podem provocar obstruções gástricas e/ou intestinais, além de alguns apresentarem níveis tóxicos altos.
Como último ítem a ser definido, temos a emissão de raios ultravioletas, que auxiliam na fixação do cálcio nos ossos. Os principais raios com importância para os répteis emitidos pela lâmpadas, são os raios UVB. As mais comumente vendidas são as lâmpadas UVB 2-0, 5-0 e 8-0.

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Pasteurelose

A pasteurelose é causada pela bactéria Pasteurella multocida, sendo um dos patógenos que mais acometem o trato respiratório dos coelhos adultos. A contaminação ocorre por feridas e pelas narinas, sendo feita por contato direto com coelhos infectados, aerossóis, fômites (materiais que entram em contato com o doente) e do contato entre mãe e filhote na amamentação. A Pasteurella se abriga na mucosa nasal do coelho, causando algumas alterações, como espirros frequentes com secreção mucopurulenta. Estes sinais ficam mais evidentes quando o animal passa por situação de estresse.
O período de incubação da doença é de cerca de 15 dias. Outros sinais como conjuntivites, abscessos cutâneos, infecções no interior das orelhas, torcicolo, alterações cardíacas, falta de apetite, infecção uterina, inflamação testicular, pneumonia e até infecção generalizada.
O tratamento preconizado é a antibioticoterapia, juntamente ao tratamento suporte para melhorar o estado geral do animal acometido.

Referências:

BALLARD, B.; CHEEK, R.; Exotic Animal Medicine for the Veterinary Technician. Blackwell Publishing Professional, p.199, 2003.

VILARDO, F.E.S; Lagomorpha. In: CUBAS, Z.S; SILVA, J.C.R; CATÃO-DIAS, J.L.; Tratado de animais Selvagens, p.425, 2007. JOHNSON-DELANEY, C.A.; Exotic Companion Medicine Handbook for veterinarians. Wingers Publishing, p.16-22, 1996.

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domingo, 12 de setembro de 2010

Doença óssea metabólica em primatas

A principal causa da doença ósseo metabólica em primatas é a má nutrição, ocorrendo principalmente nos animais jovens e recém adquiridos. A falta de nutrientes como o cálcio, a vitamina D e um balanço inadequado dos minerais (cálcio e fósforo) no organismo, favorece o desenvolvimento de doenças secundárias como o hiperparatireoidismo.
Os sagüis, adquiridos legalmente de lojas credenciadas junto ao IBAMA ou provenientes do tráfico, são os mais acometidos.
Os sinais clínicos mais comuns são perda de peso, falta de apetite, pele seca, pelos defeituosos, hipoglicemia (diminuição da taxa de açúcar no sangue), depressão, incoordenação motora, retardo no crescimento, atrofia testicular, convulsão e até a morte.
O diagnóstico é feito pela avaliação clínica de um veterinário especializado, muitas vezes auxiliado por exames complementares como radiografias, exames de sangue como o hemograma e bioquímicos.
Como os ossos estão enfraquecidos, podem ocorrer fraturas dos ossos longos e até aumento da região oral causando alterações na mandíbula e maxila.

Referências:

DINIZ, L.S.M.; Primatas em cativeiro, manejo e problemas veterinários. P143, 2007.

CUBAS, Z.S; SILVA, J.C.R; CATÃO-DIAS, J.L.; Tratado de animais Selvagens, p.373, 2007.